Quem tem ESTA DOENÇA precisa ter cuidado ao dirigir; Em alguns casos ela nem pode pegar no volante
A segurança no trânsito é uma preocupação global que exige constante atenção e conscientização. Neste contexto, o programa “Com a Palavra”, transmitido pela RTVE, abordou um tema sensível e relevante: a capacidade de indivíduos com epilepsia de dirigir veículos de forma segura. Uma telespectadora levantou a questão sobre como orientar uma conhecida com epilepsia sobre os riscos de dirigir com esta condição. Afinal, é seguro para pessoas com epilepsia estarem ao volante? Como determinar se elas estão aptas para essa responsabilidade?
Entendendo a Epilepsia e a Capacidade de Dirigir
Epilepsia é uma desordem neurológica caracterizada por um funcionamento atípico do cérebro, que pode levar a crises epilépticas devido à atividade elétrica irregular dos neurônios.
A psicóloga e especialista em trânsito Adriane Picchetto Machado esclarece que a permissão para dirigir depende do tipo e da frequência das crises epilépticas. A presença de crises não controladas por medicação representa um risco significativo para o trânsito, já que um episódio pode incapacitar o motorista temporariamente, aumentando o perigo de acidentes.
Critérios para Autorização de Condução para Pessoas com Epilepsia
Existem três critérios fundamentais considerados na avaliação da capacidade de uma pessoa com epilepsia para dirigir:
- Período sem Crises: A legislação brasileira, através do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), exige que indivíduos com epilepsia estejam livres de crises por pelo menos um ano para terem sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) renovada. Este período assegura uma maior probabilidade de controle da condição.
- Adesão ao Tratamento: A conformidade com o tratamento médico é essencial. Uma avaliação médica determinará se o tratamento está sendo eficaz para controlar as crises epilépticas, o que inclui a análise de relatórios médicos e, em alguns casos, a necessidade de aprovação por um neurologista.
- Tipo de Epilepsia: A natureza específica da epilepsia e a severidade das crises são consideradas para avaliar a segurança ao dirigir. Dependendo do diagnóstico, algumas pessoas podem ser mais aptas a dirigir do que outras.
A Importância da Avaliação Individualizada
A questão de permitir que pessoas com epilepsia dirijam não tem uma resposta única, pois depende de uma série de fatores individuais, incluindo o tipo de epilepsia, a frequência e a gravidade das crises, bem como a adesão ao tratamento.
É crucial uma avaliação cuidadosa por profissionais de saúde para garantir que a concessão da permissão para dirigir não coloque em risco a segurança do próprio indivíduo e a de outros no trânsito.